Parêmias
Soares Bulcão
Quem muito quer do futuro
vê tudo através do verde;
Mais vale o pouco seguro:
— Quem muito quer, tudo perde.
A desgraça no mais forte
Mais robustece a esperança;
Nunca descreias da sorte;
— Quem espera sempre alcança.
Nunca motejes do pobre
Nem dos defeitos que vês;
Por igual o céu nos cobre:
— Cada qual como Deus fez.
Como a boca, a pena explica
Reservas do pensamento;
A letra da pena fica,
— Palavras, leva-as o vento.
Quem o bem fez bem espere,
E o mal também, se é devido:
Porque — Quem com ferro fere
Com o ferro será ferido.
Vai com jeito e paciência,
Se do melhor queres tu;
Bem nos mostra a experiência:
— Quem se vexa come cru.
Muita coisa que vidrilha
Parece ser um tesouro...
Não te iludas com o que brilha:
— Nem tudo que brilha é ouro...
vê tudo através do verde;
Mais vale o pouco seguro:
— Quem muito quer, tudo perde.
A desgraça no mais forte
Mais robustece a esperança;
Nunca descreias da sorte;
— Quem espera sempre alcança.
Nunca motejes do pobre
Nem dos defeitos que vês;
Por igual o céu nos cobre:
— Cada qual como Deus fez.
Como a boca, a pena explica
Reservas do pensamento;
A letra da pena fica,
— Palavras, leva-as o vento.
Quem o bem fez bem espere,
E o mal também, se é devido:
Porque — Quem com ferro fere
Com o ferro será ferido.
Vai com jeito e paciência,
Se do melhor queres tu;
Bem nos mostra a experiência:
— Quem se vexa come cru.
Muita coisa que vidrilha
Parece ser um tesouro...
Não te iludas com o que brilha:
— Nem tudo que brilha é ouro...
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