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Soares Bulcão

 Biografia
(l873-1942)





  Soares Bulcão (São João de Uruburetama, 1873-Fortaleza, 1942), escreveu poemas, estudos sobre política e história e alguns contos. Dolor cita “A prece do Jaguaribe”, “O doido do Barriga”, “O fratricídio de Pedra d’Água”, “O dobrado”, “Desiludido”, “A cruz das almas”, “O enforcado de Itaitinga” e “O doido do Capeba”, alguns deles publicados na revista Iracema, de 1896.

 

Em vez de se alinhar no já longo e repetitivo cordão dos poetas parnasianos e simbolistas, até normal em sua época, Soares Bulcão prefere o adagiário popular em seu livro de estréia, Parêmias, de 1910. Quadras, as trovas de rimas cruzadas clássicas, prefácio elogioso de Afonso Celso, em antologias e em livro deixado inédito, Herliantus, o poeta mostra que sabe também cultivar o soneto, não desconhecendo o alexandrino clássico.



Mas a sua notoriedade veio das trovas de Parêmias, que se identificavam com o gosto popular, tendo alcançado Soares Bulcão, à sua época, reconhecimento como grande poeta em vários Estados do país. Simples, interiorano, elegíaco nos poemas que dedicou à esposa morta, ele terá uma atividade pública e política bastante agitada, como a fase que passou no Acre, quando da luta pela sua independência e no próprio Ceará.



José Pedro Soares Bulcão nasceu em São João de Uruburetama (vila do Arraial) no dia 13 de maio de 1873. Entre o Acre e o Ceará faz o seu aprendizado didático e político, não existindo referências quanto aos seus estudos, mas sabe-se que era pai da atriz Florinda Bolkan. Após o livro de versos, de 1910, vieram obras sobre política partidária, História e Genealogia. Na área desta última atividade, deixou muitos estudos e notas sobre a "gens cearense".



Exercendo também o jornalismo, Soares Bulcão destacou-se como veemente polemista. Deputado estadual em duas legislaturas (l921-1924)/(1925-1928), Soares Bulcão nunca descurou, em meio à agitação da vida, as coisas literárias, tanto é que pertenceu a várias agremiações, como o Instituto do Ceará e Academia Cearense de Letras.



Sintetizando a sua face poética, assinala muito bem Raimundo Girão no seu Dicionário da Literatura Cearense (1987): "As suas produções líricas muito bem limadas, encerram o espírito de acrisolado sentimentalismo e de invencível melancolia, que a morte da esposa — sua querida Mirandinha — inspirou e quase exacerbou.



O poeta morreu em Fortaleza no dia 17 de julho de 1942.


           FONTE: http://www.jornaldepoesia.jor.br/sb01.html


 Veja Algumas obras de Soares Bulcão


Soares Bulcão

Parêmias

 

 Quem muito quer do futuro

 vê tudo através do verde;

 Mais vale o pouco seguro:

— Quem muito quer, tudo perde.

 

 

  A desgraça no mais forte

  Mais robustece a esperança;

  Nunca descreias da sorte;

  —  Quem espera sempre alcança.

 

 

  Nunca motejes do pobre

  Nem dos defeitos que vês;

  Por igual o céu nos cobre:

  — Cada qual como Deus fez.

 

 

  Como a boca, a pena explica

  Reservas do pensamento;

  A letra da pena fica,

  —  Palavras, leva-as o vento.

 

 

   Quem o bem fez bem espere,

   E o mal também, se é devido:

   Porque — Quem com ferro fere

   Com o ferro será ferido.

 

 

   Vai com jeito e paciência,

   Se do melhor queres tu;

   Bem nos mostra a experiência:

   — Quem se vexa come cru.

 

 

   Muita coisa que vidrilha

   Parece ser um tesouro...

   Não te iludas com o que brilha:

   —  Nem tudo que brilha é ouro...


Soares Bulcão

Mater

 

    Floreces na penumbra anônima do albergue,

    Sob o humilde casal de pobres infelizes,

    Onde mora a honradez, e a cuja sombra se ergue

    A árvore da desgraça onde o amor fez raízes.

 

 

    Ao mundo, sem que a dor teu ânimo se vergue,

    Surges predestinada às fundas cicatrizes,

    E passam sem deixar quem o teu passo enxergue,

    Vás, embora, onde vás, pises por onde pises.

 

 

    Segues a tua estrada entre flores e espinhos;

    Ora esbarras na treva, ora na luz, e dentre

    O universal rumor fere-te a voz dos ninhos;

 

 

    E o teu sonho é tão grande, e a missão tão profunda,

    Que desprezas a dor, porque trazes no ventre,

    — Fonte de eterna vida — a dor que em ti fecunda!


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Mais um uruburetamense que migra para cidade grande em busca de oportunidades

O Escultor do PRÊMIO STAR TOP

Ruy Paulino Barbosa, nasceu em Uruburetama uma pequena cidade do interior do Ceará. Oriundo de família humilde, onde os pais eram agricultores. A vida dura no campo e impulsionado pelas oportunidades de melhoria de vida oferecidas pela capital, seu pai decidiu migrar para Fortaleza.
O tempo passou e a baixa escolaridade era um obstáculo para que o jovem Ruy, fosse inserido no mercado de trabalho formal.
Essa historia é semelhante a de milhares de brasileiros. Mais Deus
honra o jovem e aos catorze anos ele descobre a habilidade de transformar um pedaço de madeira em arte, surgi a idéia de vender suas obras, mas a falta de apoio faz com que ele busque outras alternativas de trabalho. Trabalhou como servente, pedreiro e auxiliar de eletricista na construção civil.
A oportunidade de expor seus trabalhos veio quando o amigo Neto
Espinosa, em 1982 o convida a formar uma parceria na CEARTE
(Centro de Artesanato), a parceria deu certo e as exposições ocorrem até hoje diariamente. Todas as suas peças são fabricadas artesanalmente e o espírito de empreendedor faz com que ele invista em equipamentos, aumentado sua produção para assim garantir o seu sustento e de sua família, a esposa Célia e os filhos Ruy Filho,
Regys Xavier e Jessyca Xavier.
Em 2008 o PRÊMIO STAR TOP comemora 10 anos. Em 1998 o Escultor em madeira José Hélio Souza da Silva, a pedido, materializou a idéia e o layout; - uma estatueta, representando a anatomia do corpo feminino, na leveza de seus movimentos, na mais
pura forma de apresentação e sentimento para lembrar a Mulher, em
todas as áreas de atuação, em uma peça com a qual a TOP LINE® /
RTND®, com o intuito e o objetivo de conferir à cidadãos imbuídos do
mesmo espírito, o de contribuirem em prol da comunidade, principalmente de jovens, o seu reconhecimento, vem outorgando o PRÊMIO STAR TOP.
Em 2003Ruy PaulinoBarbosa, passou a ser o Parceiro.
Redesenhou a Estatueta com toda proporcionalidade do corpo feminino, dando mais volume, conseqüentemente mais forma e mais naturalidade, tornando a Estatueta do PRÊMIO STAR TOP, ainda mais reconhecida e almejada por aqueles que a recebe, a nível da Metrópole de São Paulo, Estado e Brasil.
Ao comemorarmos 10 anos o Escultor em madeiraRuy Paulino Barbosa, integra o grupo de Amigos do TOP LINE® SISTEMA DE
COMUNICAÇÃO e de sua Direção.

FONTE: REVISTA TOP NIGHT AND DAY de São Paulo



uruburetamense faz fama em São Paulo 

CHAPINHA: BALUARTE DO SAMBA


No samba da Vela quem comanda é o Chapinha. Ele recebeu o merecido título de Baluarte do Samba concedido pela Assembléia Legislativa de São Paulo em 2006. Nascido em Uruburetama, cidade a 110 km de Fortaleza, Chapinha completará 50 anos no dia 05 de fevereiro de 2009. Ao desembarcar em São Paulo em 1974, já era sambista e cinco anos depois começou a freqüentar a ala de compositores da Vai Vai. Em 1987 participou da importante Coletânea Recado aos Bambas com duas composições, entre elas o samba que dá título ao disco. Naquele mesmo ano, largou o emprego para abrir o primeiro bar de samba da periferia de São Paulo, o Bar do Chapinha no Jardim São Luiz, bairro onde morou por muitos anos. Junto com o bar começou sua atuação em projetos sociais, atividade que mantém até hoje por meio da ONG OCCAOrganização de Cultura e Cidadania. Fruto desta sua militância na periferia, gravou em 1996 o CD Criança de Rua. No ano 2000 criou o Espaço Cultural Zirigidum
onde fundou o Samba da Vela junto com Magnu Sousa, Maurílio de Oliveira e o Paquera. Venceu o Primeiro Festival de Samba de Quadra de São Paulo em 2003 com o a música Não é só Garoa, composta em parceria com Maurílio de Oliveira. No ano seguinte participou do CD do Samba da Vela e em 2007 recebeu homenagem da Associação dos Sambistas do Ceará pelo conjunto de sua obra. Chapinha mantém uma intensa carreira solo e se prepara para entrar em estúdio no segundo semestre deste ano. Pai de Kelle, Milena, Willam e Bebeto, filhos de casamentos anteriores, Chapinha hoje é casado com Cris, companheira de todas as horas. Salve Chapinha!

FONTE: www.acaoeducativa.org.br

Florinda Bolkan de Uruburetama para o Mundo

Florinda Soares Bulcão nasceu em Uruburetama, no Ceará, filha de pai temporão. José Pedro Soares Bulcão – 60 anos, viúvo, poeta e deputado estadual – casou-se com Maria Hosana, moça de 18 anos, sangue índio, que lhe deu três filhos: Florinda, a mais nova, Alina e José Maria. Apesar de ficar órfã de pai ainda muito pequena, ela recebeu forte influência dele, que era um homem inteligente e bastante culto. Alguns anos depois, sua mãe casou-se novamente e a família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde nasceram suas irmãs Odete e Sônia. Com apenas 14 anos, Florinda Começou a trabalhar como secretária, mas nunca abandonou os estudos.

Aos 18 anos, obteve o diploma em línguas e falava fluentemente inglês e francês, tanto quanto o português. Depois de passar por diversos empregos, tornou-se comissária de bordo da Varig. Em 1963, em companhia de amigos, partiu para visitar Londres e Paris, que tinha ficado no seu coração, em uma viagem feita à Europa. Paris, em particular, onde morou por dois anos – freqüentando um curso de Francês, na Sorbonne, e um de História da Arte, no Museu do Louvre. Em diversas ocasiões recebeu propostas para ser modelo, mas, devido ao seu caráter introvertido, não se achava apta, decidiu voltar ao Brasil.

Em 1967, aos 26 anos, convidada por amigos italianos, foi para Roma, onde conheceu Luchino Visconti, um dos mestres do cinema italiano. Ele a convenceu a superar sua timidez e tornar-se atriz. Visconti conseguiu persuadi-la a realizar um belíssimo teste de fotogenia, que durou três dias. Os resultados a levaram a participar, em Paris, do seu primeiro filme, Voleur de crimes, com Jean-Louis Trintignant e Robert Hossein.
Logo depois lhe foi oferecido um papel no filme Candy, com Richard Burton, Charles Aznavour, Ringo Star e Marlon Brando, seguido ainda de Os Deuses Malditos, um dos melhores trabalhos de Visconti, com Helmut Berger, Ingrid Thulin e Dirk Bogarde.

Nos anos seguintes, Flonrinda Bolkan – como passou a assinar o seu nome – construiu uma carreira brilhante. Foram anos que lhe renderam uma enorme fama e a colocaram entre os mais extraordinários talentos da Europa: em 1968, fez Metti una sera a cena, ao lado de Jean Louis Trintignant, Annie Girardot e Tony Musante – o filme dói indicado à Palma de Ouro no festival de Cannes; em 1969, estrelou em Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita, drama político ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e do Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes – um dos melhores filmes da sua carreira; no auge do sucesso, em 1970, Flonrida participa do filme Anônimo Veneziano, o mais visto daquele ano, e conquista o David di Donatello de melhor atriz – prêmio concedido pela Academia Italiana de Cinema, considerado o Oscar italiano. Florinda ganhou este premio por três vezes, assim como Sofhia Loren e Claudia Cardinali. Tornou-se, então, a principal estrela da Itália, como atriz de papéis dramáticos e românticos.

Entre 1970 e 1975, Florinda Bolkan participou em mais de 20 filmes, com alguns dos mais importantes diretores e atores do mundo.
Depois de mais de 40 anos da estréia do seu primeiro filme, Florinda Bolkan é uma das atrizes mais amadas da sua beleza – que permanece inalterada -, elegância e discrição.
O povo de Uruburetama se orgulha de ter seu nome levado para o mundo por sua filha mais ilustre uma fantástica mulher nordestina e uruburetamanse.

FONTE: Revista Zé Nordeste



ADERBAL SALES

Aderbal SalesAderbal de Paula Sales nasceu na cidade de Uruburetama, Ceará, em 3 de maio de 1903 e faleceu em Fortaleza no dia 21 de outubro de 1986, aos 83 anos de idade.

Graduado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1927, foi médico do Departamento de Saúde Pública, do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos, do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários e da Assistência Municipal de Fortaleza.
Na carreira pública, foi deputado estadual, secretário de Educação e Saúde do estado do Ceará e de Saúde e Assistência do município de Fortaleza. 

Exerceu o magistério como professor de Ciências Físicas e Naturais do Liceu do Ceará e catedrático de História Natural da Escola Normal.
Presidente do Centro Médico Cearense. Foi prosador, poeta, conferencista e autor de grande número de trabalhos científicos publicados em revistas da especialidade. Obras: Intenções, 1930; Orientação e bases da Medicina Psicossomática; Aspectos psicossomáticos das doenças da civilização, 1931; Tuberculose. Terreno, hereditariedade e contágio (tese), 1933; Pedras e metais preciosos (tese), 1933; O Brasil e a democracia. Subsídio para a sua história, 1938; Gilberto Freyre e alguns aspectos da Antropossociologia do Brasil, 1945; O Coração na clínica de ambulatório, 1951; e O homem e a paisagem, 1975.

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 15 de agosto de 1974.
Ocupou a cadeira 8 na vaga do acadêmico Fernandes Távora, ocasião em que foi saudado pelo acadêmico Francisco Alves de Andrade. 

FONTE: Academia Cearense de Letras