Como um estudante de 17 anos conquistou a vaga para representar o Brasil na abertura da Olimpíada de Londres
Desde pequeno, escuto minha mãe dizer que a vida é cheia de oportunidades. Mesmo que o dia a dia seja penoso, depende de cada um de nós construir um amanhã melhor. Moro na periferia de Maceió com meus pais e mais cinco irmãos. O estudo sempre foi uma fonte de inspiração para mim. Minha história com Londres 9 que só conheço pelo mapa) começou num projeto social criado pelo Comitê Olímpico. Sou voluntário como tantos outros estudantes. Virei um dos lideres do Projeto Inspiração Internacional. Meu papel era levar esporte e cultura a alunos de escolas públicas carentes. Aprendi a organizar um evento esportivo e a unir a criançada em torno do esporte.
Desde o começo foi uma experiência gratificante. Em algumas escolas, cheguei a ser abraçado por dezenas de crianças. Elas me agradeciam e diziam que aquele tinha sido o melhor dia da vida delas. Uma vez, depois de ajudar deficientes visuais a jogar futebol, chorei quando cheguei em casa. Era uma lição de vida que não esperava ter tão cedo. Foram tantas as histórias de superação que, para mim, nada mais parecia impossível. Aprendi inglês com os representantes britânicos que visitavam minha escola e cheguei até a ensinar badminton (jogo de peteca popular na Inglaterra) nas escolas que visitei.
Pouco importa se é futebol, vôlei, queimada, basquete ou badminton. Pouco importa se nossas bolas estão em bom estado ou se a quadra da escola foi pintada com um giz. O importante é despertar o espírito de equipe nas crianças e fazê-las competir de forma saudável. O que faz diferença é promover o respeito e a cidadania entre aqueles que pouco conhecem sobre esse assunto. Os professores disseram que os eventos tornavam os alunos mais interessados. Os pais me agradeciam por te feito seus filhos felizes.
Acho que meu trabalho semeou esperança e, de certa forma, mudou a vida de muita gente. Por essa razão, fui escolhido pelo Concelho Britânico para representar meu país na abertura da Olímpiada. Imaginem só vocês o tamanho da minha responsabilidade. Fico imaginando como será quando a comunidade pobre do município Tabuleiro Novo ouvir do apresentador de TV; “Luan é o jovem brasileiro que está levando o sonho de milhões de brasileiros para a Olímpiada de Londres. Corre com essa tocha, Luan”. E vou correr. Serão 300 metros de realização para mim. Vou conhecer um país novo, visitar escolas em Londres e depois voltar ao meu país cheio de ideias.
Cheguei aonde meus pés e minhas mãos imaginavam alcançar. Hoje sei que posso mais.
FONTE: Revista ÈPOCA. 16 de abril de 2012
Em depoimento a Lucia Vicária
Minha Opinão
Esse depoimento faz com que as pessoas criem em se, um sentimento de luta. E que elas tambem podem fazer algo por nossos jovens, ser um voluntário e acrescentar um pouco de sabedoria e diverção a nossos jovens carentes.
Eu parabenizo o jovem Luan Celi, por sua iniciativa, sua palavras nessa matéria me tocaram muito e aposto que fez muita gente pensar melhor sobre o assunto. Nós jovens é que temos realmente que cuidar dos nossos jovens.
Gustavo Castro
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