Aluna vai armada à escola
Uma adolescente de 17 anos foi apreendida após ser flagrada com um revólver calibre 22 dentro da Escola Estadual Monsenhor Antero José de Lima, no município de Uruburetama, a 127 quilômetro de Fortaleza. A menina estuda na instituição, mas, segundo o titular da Delegacia Regional de Itapipoca, Gladstone de Mendonça, não frequentava o colégio há três semanas.
O caso aconteceu na tarde da última segunda-feira. A adolescente foi à escola, atendendo ao chamado da diretora, que queria saber o porquê da ausência dela nas aulas. A estudante foi ao colégio armada. Após conversar com a gestora, a adolescente ameaçou uma garota, de também 17 anos, com a qual teve um relacionamento, há dez meses. A adolescente estuda na mesma escola.Conforme o delegado Gladstone, a menina foi ameaçada pela ex-companheira armada. A garota mostrou o revólver escondido no cós da calça e disse que iria matá-la. A acusada ainda teria dito à menina que iria matar também a avó dela. A adolescente não se conformava com a atitude da idosa. A mulher censurava a amizade que existia entre as duas adolescentes.
Segundo o delegado, a atitude da menina teria surgido a partir da suspeita de que a ex-companheira estava mantendo uma relação com outra garota da escola.A diretora da instituição, segundo a Polícia, descobriu que a jovem estava armada após a ameaça. Ela foi chamada novamente à sala da diretoria. Após confirmar que estava com o revólver, ela entregou a arma, que estava sem munição.
Logo em seguida, a gestora entrou em contato com o Conselho Tutelar. O conselheiro Francisco Antônio contou ao O POVO que a garota estava aparentemente transtornada. “Ela chorava muito e dizia que a vida dela não tinha mais sentido”, conta.Ao chegar à casa da menina com ela, o conselheiro lamentou ao vê a mãe da garota caída ao chão, com sinais de embriaguez. “O problema dessa adolescente é social. Os pais são separados e ela precisa de ajuda”, lamenta. Sem condições de continuar morando com a mãe, foi levada para a casa do pai.
A adolescente agora vai ser acompanhada por uma psicóloga do Creas, segundo o conselheiro tutelar Francisco Antônio.
A menina disse ao delegado ter comprado a arma na feira da Parangaba, em Fortaleza, por R$ 450.Matéria de Aline Braga
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