Mais de 1,2 milhão acompanharam a XII Parada pela Diversidade Sexual do Ceará, ontem
A Parada pela Diversidade Sexual acontece sempre no último domingo de junho, pela proximidade com o dia 28, Dia Mundial da Consciência Homossexual. A data foi motivada pela reação de um grupo norte-americanos de homossexuais contra a violência, no episódio conhecido como Levante de Stone Wall. Isso aconteceu há 42 anos.
1,2 milhão de pessoas
Segundo a Polícia Militar, esse foi o total de pessoas que acompanharam a 12ª Parada pela Diversidade Sexual do Ceará na tarde de ontem na avenida Beira Mar.
Apesar do clima de alegria, a Parada pela Diversidade Sexual ainda enfrentou problemas de insegurança
Com muito suor e disposição, héteros e homossexuais desfilaram noite adentro na XII Parada pela Diversidade Sexual do Ceará, que tomou a avenida Beira Mar ontem, num mix de militância política e muita alegriaEla mirou no canto do olho e pensou um instante, ainda que o som do trio elétrico e o empurra-empurra tentasse se impor a qualquer reflexão. “Aqui a gente se sente bem”.
Pode beijar, andar de mão dada, ficar abraçadinho, se protegendo da onda de gente que vem e vai, descreveu Natália, 16 anos, sobre a Parada pela Diversidade Sexual no Ceará, que ontem marchou sua 12ª edição pela avenida Beira Mar.
Natália dançava com a amiga Flávia, 17, o batidão do trio capitaneado pela Associação de Travestis do Ceará (Atrac). No colégio, as amigas preferem que os colegas as conheçam primeiro pelas qualidades, e, não, pela opção sexual.
Natália, Flávia e cerca de um milhão e duzentas mil pessoas prestigiavam o evento de ontem. O trio da Atrac era um dos seis que desfilaram – o público viu ainda o carro do Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), um da Coordenadoria Estadual LGBT, o trenzinho do projeto Arte de Amar e dois trios de boates.
“A parada é irreverente também, mas nosso objetivo é que ela seja um evento de visibilidade, que as bandeiras das lutas sejam mais visíveis”, frisou Francisco Pedrosa, presidente do Grab.
E lembrou: o tema deste ano é Unidos e unidas somos mais fortes, pela aprovação do PLC 122/2006 Já!. Segundo o Grupo de Resistência Asa Branca, que organiza a Parada pela Diversidade Sexual desde a sua primeira edição, só em 2010 foram assassinados 260 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil, em crimes motivados pela orientação sexual ou identidade de gênero das vítimas.
FONTE: www.direitoce.com.br